quarta-feira, novembro 17, 2004

Feriado da República

Quase dezoito horas de segunda feira do feriadão.

O feriadão com direito a viagem a Pirenópolis e extravagâncias de sol, comida, vinhos, livros e excelente companhia, só teve de ponto baixo os garantidos e merecidos kilos a mais.

E agora essa janela temporal começa a se despedir em raios de sol amarelados, que entram sem convicção pela porta de vidro, junto com um bando de muriçocas.

O locutor da Nostalgie anuncia a musica " Fio Maravilha" cantado em francês pela Nicoletta e garante aquele tom de voz meio final de domingo. Para ele, transmitindo pela Internet uma excepcional programação da velha e boa música francesa, já são onze horas da noite de uma segunda feira normal de trabalho para os parisienses.

Mas para mim é como se fosse o final de domingo.

Penso nesse sentimento universal que nos acomete no final do domingo, no final do verão, no final da festa, no final das férias.

Acho que está ligado principalmente ao sentimento de "final". É quase um esvaziamento emocional antes de começar de novo. Sim, porque depois do feriado tudo recomeça, tão certo como o sol se porá daqui a pouco e reaparecerá amanhã cedinho.

E então me vem á mente uma frase do Luiz Fernando Veríssimo que adoro:
"Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo."
Gostaria de pedir a ele para acrescentar: " e para os finais de domingo, coragem..."