terça-feira, outubro 07, 2003

da Ausência



Procurei o Aurélio na estante para indagar o exato sentido da palavra "Ausência", sem sucesso. Certamente ele está perdido entre os três mil livros que povoam essa biblioteca caótica, mantida sob um clima de desordem organizada por seu proprietário majoritário (e que não sou eu).

Minha ausência do blog: devo ter me sentado vinte vezes na frente do teclado, e preferido ler os blogs dos amigos, abrir o joguinho de cartas Spider e ouvir a radio nostalgie pela Internet. Essa é minha melhor receita de esvaziar a cabeça em dias atordoados.

Outro dia li de uma atriz famosa que ela se distrai das querelas do cotidiano lavando roupa no tanque. Cada um tem a sua receita para afastar as neuras.

Um tanque de roupas é demais, mesmo para mim, geração anos 70.

Prefiro ler os blogs dos amigos, onde aprendo a conhecer um pouco melhor a sensibilidade do Guiu, a emotividade do Milton, a erudição do Zadig, o humor do César, a simpatia do Marcos do Meia Pataca e por último o charmoso blog do meu queridissimo amigo Chico Sena, melhor anfitrião que conheci nos últimos anos.

De acordo com o Zadig, escrever para o blog é sentar e escrever e ponto. Deve ser assim mesmo para algumas pessoas. Nada de tecer teses de alta profundidade duas vezes por mês.

Acho que ele tem razão.

Assim, na ausência do dicionário, vamos simplificar e ir pela minha própria percepção da palavra Ausência: oposto de presença, sentimento de vazio, de incompletude. E por consequência da palavra Presença: sentimento de proximidade, de existência.

Ave César.

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